Durante o ensino médio, notei um menino muito bonito em uma turma nova que havia entrado na escola. Sempre ficava de olho nele, era alto, não muito magro e de cabelo arrepiado que adorava jogar futebol na educação física, sempre que podia espiava ele jogando, pela janela da minha sala.
Ele conhecia uns amigos meus e acabei conhecendo ele também, não fiquei um amigo próximo, mas ele sempre me cumprimentava quando me via e eu o mesmo. Um dia ele me adicinou em seu Orkut, mas quase nunca trocávamos recados ou coisa do tipo, mas sempre via as fotos dele e inclusive guardava algumas no meu computador.
Bem, assim foi até terminar o ensino médio e passei a vê-lo com menos frequência, quase nunca pra falar a verdade, mas continuávamos dizendo só "oi" quando isso acontecia.
Às vezes, notava que ele havia visitado meu perfil, mas nunca deixou recado algum, não dei muita importância, já que meus outros amigos também faziam isso, mas eu já aproveitava pra ver o perfil dele e verificar se ele havia colocado alguma foto nova dele.
Um dia desses o encontrei na rua, por coincidência, e ele me contou que estava com alguns problemas no seu computador, e já que ele sabia que eu entendia de computador, me pediu pra ajudar a consertar o dele. Eu falei que tudo bem e disse que no dia seguinte, sábado à tarde, ia até a casa dele, eu disse "até mais" e seguimos cada um para um lado.
No dia seguinte, fui à tarde até a casa dele como combinado, toquei a campaninha e a mãe dele atendeu à porta, perguntei por ele e ela me disse que estava em seu quarto: "Ele está no quarto, pode entrar, vou dizer que você está aqui."
Fui até o quarto dele, ele estava deitado na cama lendo uma revista, estava sem camisa, usando shorts, com uma grande parte da cueca à mostra. Ele colocou a revista de lado, se sentou na cama e me recebu dizendo:
- Ah cara que bom que você veio, tudo beleza?
Respondi:
- Tudo, qual o problema do computador?
Ele se levantou puxou a cadeira, disse "senta aí", pegou outra cadeira e sentou ao meu lado:
- Então, ele tá tipo travando às vezes, o problema é que tinha coisa que eu não queria perder, não é muita coisa.
- De boa - respondi - eu copio pra você no meu pendrive se precisar.
O computador tava meio zuado, pra resolver só formatando:
- Pra resolver isso vou ter que formatar, aí já copio o que você quiser.
- É essa pasta aqui. - Ele falou apontando uma pasta chamada "fotos" no monitor.
- Você quer um copo d'água? vou lá buscar. - Falou em seguida.
- Quero sim.
Bom, tava calor mesmo aquele dia, ele levantou e foi até a cozinha buscar a água, e eu copiei as fotos que ele queria guardar e dei uma olhada na cópia pra ver se estava tudo ok, quando vi uma outra pasta em meio a várias outras, que estava sem nome.
Olhei pra trás, para a porta do quarto, e não vi ele, ouvi a mãe dele dizendo que iria sair e só voltava à noite, abri a pasta e em meio à algumas fotos de amigos e amigas dele encontrei fotos minhas, iguais às que eu tinha no meu perfil na internet, mas nisso ele apareceu e eu meio sem graça disse rindo:
- Tava olhando se a cópia tava ok e achei até eu aqui.
Ele me deu o copo de água, olhou pro chão meio sem graça, coçou a cabeça, e falou:
- Ah... eh... tem bastante foto aí neh...
E eu:
- Eu também tenho bastante foto da turma guardada, tem algumas suas também!
- Minhas?
- É - minha vez de olhar pro chão e coçar a cabeça - na verdade, tem muitas fotos só suas.
- Da internet? Ele me perguntou.
- Sim, copiei fotos do seu perfil também.
Ficamos alguns segundos sem falar nada, desviando o olhar um do outro, até que ele fala:
- Tenho fotos suas há bastante tempo, desde que entrei naquele colégio.
- As minhas começaram por aí também. - Respondi.
Nenhum dos dois se olhava, mas ao dizer aquilo, ele fixou o olhar em mim e ficamos denovo alguns segundos os dois mudos, mas dessa vez eu que quebrei o silêncio:
- Eu sempre notava suas visitas no meu perfil.
E ele:
- E você sempre visitava o meu quando eu fazia isso neh?
- É, ia ver suas fotos, se tinha alguma nova.
- Eu procurava a mesma coisa então neh?
- Sim. - Respondi rindo.
Ele riu também e completou:
- Somos dois bobos. Um vendo foto do outro, sem deixar o outro saber.
Não disse nada, só dei uma risada e ele continuou:
- O que você pensava enquanto olhava minhas fotos?
Me surpreendi com a pergunta, fiquei um pouco quieto, mas respondi:
- Quer mesmo saber?
Ele:
- Quero. Eu falo depois também.
- Bom... - enrolei um pouco - eu pensava em você.
- E? - disse ele.
- Ah, que seja. - Falei, já que a situação já era aquela mesmo, resolvi ser franco e continuei:
- Pensava em você sem roupa, junto comigo, sempre fiquei de olho em você desde que você entrou naquela escola e ficava te olhando jogando futebol, te admirando. Eu te achei lindo, gosto de olhar pra você, de olhar pro seu rosto, pros seus olhos nas fotos. Eu nunca imaginei estar falando isso pra você assim, mas...
Ele me intorrompeu:
- Eu também gosto de olhar pra você, também ficava te imaginando aqui junto comigo no meu quarto, na minha cama e te abraçava nos meus sonhos, mas também nunca imaginei que falaria isso pra você assim, porque eu não sei que sentimento é esse ou porque sinto isso, só sinto. Eu também sempre fiquei te olhando na escola, pedia pra ir ao banheiro só pra passar em frente sua sala e olhar pra você.
- Sério? Eu achava que você sempre passava lá pra ver aquela menina que diziam estar a fim de você.
Nós rimos, mas ele parou de repente e falou:
- Se eu te contar uma coisa você promete não rir?
- Claro, fala aí!
- Eu sempre fiquei com as meninas lá da escola, mas nunca transei.
- E o que tem demais nisso?
- É que a primeira vez que tentei só conseguia pensar nos caras do futebol, e acabou não rolando.
Eu não sabia muito bem o que falar, entao pensei um pouco:
- Ah a gente não escolhe de quem gosta, ou quem nos atraí, eu também penso em outros caras, senão não tinha fotos suas, ou então nem mesmo teria dito o que eu acabei de dizer.
Nós ainda estavamos no quarto dele, eu, sentado de costas pro computador de frente a ele, e ele de pé de frente pra mim, no meio do quarto.
Ele sentou-se à beira da cama, olhou pra mim e disse assim:
- Já são quase seis da tarde, eu tô meio confuso, mas... dorme aqui essa noite?
- Mas porque isso assim de repente? - Respondi.
- Você falou que sente as mesmas coisas que eu falei que sentia por você, só você me entende agora. Não quero tentar, nem forçar nada não, só não quero ficar sozinho hoje.
- Sua mãe vai voltar tarde neh? Ouvi ela dizendo...
- Sim. E então, você fica aqui hoje?
- Eu não sei, não avisei nada em casa, e também não quero que aconteça nada forçado e a nossa amizade, apesar de quase a gente nem se ver, diminua ou acabe por qualquer besteira.
Mesmo aquela situação toda tendo sido tão repentina, eu tinha noção de que era algo novo entre a gente, nós nunca fomos amigos íntimos e mesmo pra mim que já até tive algumas experiências com outros caras aquilo era estranho e ao mesmo tempo que queria sim, ficar com ele alí, também tinha um pouco de receio porque gostava dele, do modo como eu falei antes, mas achava ele um cara legal e que provavelmente ele sentia o mesmo naquele momento.
Mas ele continou insistindo:
- Larga de se bobo, agora que a gente pode ficar mais amigo, você acha que a nossa pouca amizade vai acabar assim? Isso era uma coisa que eu queria e que você queria também.
- Ah tá bom então, eu durmo aqui essa noite, mas vou dormir onde?
- Na minha cama ué!
Ele olhou pra mim segurando uma risada, mas não aguentou e começou a rir:
- Tô brincando, eu coloco um colchão aqui pra você.
- Sei não hein... - respondi também com um sorriso - vou ligar pra casa e avisar então, liga pra sua mãe também.
Ele foi ligar pra mãe dele, e disse que eu ia dormir lá pra continuar ajudando ele, eu avisei em casa que ia dormir na casa dele e não se importaram, então estava tudo ok. Ele pegou um colchão e colocou do lado da cama dele:
- Pronto tá arrumado!
- Não vá cair da cama em cima de mim hein! - Risadas novamente.
Feito isso, voltei ao "trabalho" de ajudar ele que ficou só olhando ou lendo alguma coisa deitado na cama, do jeito que eu falei antes, lindo. Quando eu terminei, ele disse que ia tomar um banho:
- Vou tomar um banho, já são sete horas, depois vamos arrumar algo pra fazer.
Novamente olhares irônicos e muita risada.
- Você não quer tomar banho também?
- Não, nem trouxe nada, tomei antes de vir pra cá, de boa, mas manjei sua jogada.
Ele foi pro banheiro e eu fiquei deitado lá no quarto atoa, pensando em tudo, que uma amizade assim com ele era o que eu queria, e ele que muitas vezes parecia um rapaz "desligado", era até que muito interessante, e que talvez devido à essa sua grande dúvida de pensar em outros caras o atrapalhava em fazer amigos ou ter namoradas. Mas não queria me preocupar com isso, na verdade não havia nada mesmo pra pensar sobre isso; o menino que mais me chamava atenção gostava de mim e eu dele, esse era o momento mesmo que súbito, mas íamos com calma.
Ele saiu do banheiro só de cueca, enxugando o cabelo, resolvi zuar ele um pouco:
- Nossa que lindo, tá cheiroso, até eu comia hein!
Ele jogou a toalha em mim, riu, pegou um short em uma gaveta, vestiu e disse:
- E aí o que você quer fazer?
- Comer é uma resposta válida? - Respondi
- Depende!
Caímos na risada.
- Não tem nada aqui, vou pedir uma pizza, pode ser?
- Claro, você que manda, eu só tô aqui pra tomar conta de você.
- Larga de ser bobo. Vou lá pedir, quer assistir filme ou jogar video-game?
- Tanto faz.
- Então tá já volto.
Ele pediu a pizza, voltou e ligou o video-game. Ficamos jogando futebol, o favorito dele mas como eu sou muito ruim jogando aquilo, perdi todas.
No meio do jogo chegou a pizza, ele foi até o portão buscar e quando voltou brinquei com ele novamente:
- O entregador era gato?
- Você tá de sacanagem comigo neh? - Ele respondeu
- Não, só tô brincando.
Enquanto nós comíamos, falamos um pouco da vida de cada um, ele falou sobre o último ano da escola, faculdade, sobre os amigos, eu falei sobre meu trabalho, descobrimos alguns gostos musicais em comum e depois fomos pra sala, ele ligou a tv e ficamos assistindo um filme que estava passando.
Quanto mais ficava alí com ele mais gostava dele, e descobríamos coisas em comum, e pensava: porque não me tornei amigo dele antes? Mas o destino tem dessas coisas, enfim, eu já estava com um pouco de sono e ele também, resolvi ir dormir:
- Vou dormir, você não vai não?
- Já vou sim, deixa eu só desligar a tv.
- Sua mãe ainda vai demorar pra voltar?
- Sim, foi visitar minha tia, só vai chegar bem tarde mesmo, porque?
- Por nada.
Eu esperei ele pra ir pro quarto, ele se deitou primeio na cama, e ficou me olhando, perguntei:
- Vou tirar a camisa porque tá calor, você não liga não neh?
- Quê isso, aí sim que vou poder olhar você mais ainda!
Ele já estava ficando mais a vontade pra brincar comigo e eu adorando aquilo, claro. Logo em seguida eu me deitei também, mas no colchão do lado da cama. Ninguém falou mais nada, eu e ele estávamos tendando dormir, mas depois de uns cinco minutos, ele vira pro meu lado e pergunta baixinho?
- Você já tá dormindo?
- Ainda não porque?
- Não consigo dormir.
- É, eu também não. Foi um dia muito ativo não?
- É mesmo. Mas é interessante.
- O que é interessante?
- Eu sempre quis isso que a gente tá fazendo hoje...
- Eu também, sempre imaginei isso.
- E agora que é verdade, parece tão normal não é mesmo?
- Tem razão, parece que a gente já fez isso várias vezes.
Pela pouca luz que entrava pela janela deixada entreaberta, eu via ele olhando pra mim com um sorriso no rosto e eu olhando pra ele com outro sorriso. Mesmo no escuro eu podia ver aqueles olhos verdes lindos brilhando. Ele continuou dizendo:
- Sabe, eu não consigo dormir porque você tá aqui do meu lado.
Eu:
- Como assim?
- É sério, falta algo que eu queria há bastante tempo, desde quando salvei a primeira foto.
- E o que seria?
Ele não respondeu, mas de cima da cama ele se virou, colocou as mãos em meu rosto e me beijou. Eu também esperei muito por aquilo, entre os beijos eu tentei falar:
- Você é a pessoa...
Mas ele me cortou:
- ...que eu sempre quis encontrar.
Continuei beijando-o, até que ele disse:
- Não aguento mais cara!
E rolou da cama pro colchão, por cima de mim. Ficamos cara à cara, sem reação por alguns instantes, ele me deu um longo beijo e me abraçou com muita força, retribuí com outro longo beijo e disse:
- Eu também não consigo esperar mais. Você é muito doido muleque.
Então de súbito ele voltou a me beijar; eu coloquei a mão dentro do seu short e comecei a apertar e acariciá-lo. O volume em sua cueca foi aumentando, ele se virou e ficamos deitados de lado um pro outro, puxei sua cueca e seu short, e comecei a bater um punheta pra ele, ele fez o mesmo: se levantou um pouco, puxou meu short, jogou pra cima da cadeira, e começou a tocar uma pra mim.
No começo ele parecia um pouco sem saber o que fazer, estava repetindo o que eu fazia, mas ele estava curtindo.
Entre os movimentos eu deslizava a mão pelo seu peito, e beijava sua barriga, ele fechava os olhos e fazia a carinha mais linda do mundo.
- Tá gostando? - Perguntei.
Ele só fez um gesto com a cabeça que sim. Me levantei, sentei mais perto dele, e os dois sentados coloquei minhas pernas por cima das deles, ele me abraçou forte, e continou me beijando e entre os beijos dizendo:
- Fala que eu não tô sonhando.
- Você... não tá... sonhando. - Ele quase não deixava eu responder.
Ele parou e fixou o olhar em mim. Eu dei um sorriso, fiz com que ele se deitasse denovo, e comecei a chupá-lo. Ele soltou um pequeno gemido de prazer. Eu adorei chupar aquele pau grosso e ver sua cara de prazer com toda sua essência de adolescente.
Conforme eu chupava sua respiração foi ficando mais rápida, parei e puxei-o pela mão para que se levantasse. Sabia que ele não levava jeito pra ser passivo então me levantei também, fiquei de costas e me apoiei na cama, peguei na sua mão e o trouxe mais perto de mim. Ele disse:
- Mas...
Não deixei que continuasse:
- Calma, fica de boa.
Ele chegou mais perto, e foi colocando aquele pau em mim:
- Tô te machucando? - Ele perguntou
- Claro que não, relaxa.
Me segurando pelo quadril ele sabia muito bem o que fazer:
- Isso é muito bom.
Quis trocar de posição, ele se deitou na cama, continou se masturbando, eu fui sobre ele e comecei a "cavalgá-lo", podia vê-lo ainda com um enorme sorriso e sua cara de prazer, guardei essa imagem pra sempre em minha mente. Ele então disse:
- Continua, continua que eu tô quase lá.
Junto comigo ele fazia movimentos pra cima e pra baixo, com as mãos segurando firme em minhas pernas ele disse:
- É agora!
Pude sentí-lo gozar dentro de mim. Uma gota de suor escorriga pelo seu rosto. Devagar eu saí de cima dele:
- Vamo toma um banho, que a gente tá todo suado.
Ele permaneceu deitado, peguei as roupas dele no chão e as minhas de cima da cadeira, estendi minha mão e levantei-o.
- Vamo, vamo dormir que sua mãe daqui a pouco chega.
Fomos pro chuveiro, rimos um do outro, nos beijamos mais, ele me virou e me abraçou dizendo:
- Promete que você vai ser sempre meu amigo?
- Claro que sim, vou te dar quantas fotos você quiser. - Demos muitas risadas.
Nos trocamos, e voltamos pro quarto.
- Tá vendo, você me fez pegar esse colchão atoa.
- Porque? - Respondi.
- Por que você vai dormir aqui comigo oras.
Tranquei a porta do quarto, me deitei junto com ele, dei um beijo em seu rosto e falei:
- Sonha comigo.
- Não preciso, isso já um sonho.
Ele se deitou sobre meu peito e fechou os olhos. Antes de adormecer também eu pensei comigo mesmo: "Acho que algo mais do que amizade surgiu aqui hoje". Fechei os olhos e adormeci.
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